Na opinião de Klaus R. Mecke, professor no Instituto de
Física Teórica da Universidade de Stuttgart, Alemanha, o
uso da linguagem da física na literatura obedeceria ao
seguinte propósito:
Uma função literária central da fórmula seria simbolizar a
violência. A fórmula torna-se metáfora para a violência,
para o calculismo desumano, para a morte e para a fria
mecânica - para o golpe de força. Recorde-se também O
Pêndulo de Foucault, de Umberto Eco, em que a fórmula
do pêndulo caracteriza o estrangulamento de um ser
humano. Passo a citar. “O período de oscilação, T, é
independente da massa do corpo suspenso (igualdade de
todos os homens perante Deus)... Também aqui a
fórmula constitui uma referência irônica à marginalização
do sujeito, reduzido à “massa inerte” suspensa.
(Adaptado de Klaus R. Mecke, A imagem da Física na Literatura. Gazeta de
Física, 2004, p. 6-7.)
Segundo Mecke, a função literária de algumas noções da
Física, presentes em determinados romances, expressa
a) a falta de liberdade do sujeito nas relações sociais,
mas o uso da independência do período do pêndulo
simples com a massa do corpo suspenso, feito por
Umberto Eco, está incorreto.
b) a revogação parcial das leis da natureza, e o uso da
independência do período do pêndulo simples com a
massa do corpo suspenso, feito por Umberto Eco, está
correto.
c) a concordância quanto ao modo como representamos
a natureza, mas o uso da independência do período do
pêndulo simples com a massa do corpo suspenso,
feito por Umberto Eco, está incorreto.
d) a privação da liberdade do ser humano, e o uso da
independência do período do pêndulo simples com a
massa do corpo suspenso, feito por Umberto Eco, está
correto.